Luanda, 17 de Novembro de 2011 -- O Representante da OMS em Angola, Dr. Rui Gama Vaz, reuniu-se quarta-feira ao fim da tarde em Luanda com os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe (CEAST) a quem, fez uma ampla explanação sobre a situação sanitária na Região Africana e em Angola, abordou as estratégias em curso para a melhoria dos indicadores de saúde com base nas metas dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio  com o apoio da OMS, bem como os desafios e prioridades definidos para os próximos anos.

Durante o encontro, o Representante da OMS em Angola sugeriu aos bispos angolanos uma pacote de propostas de colaboração com a Igreja Católica, destacando as seguintes áreas potenciais de cooperação: partilha de informação; formação de agentes comunitários no quadro da Pastoral da Criança; programa de vacinação; capacitação de quadros; desenvolvimento de campanhas de informação, educação e de comunicação e a mobilização de recursos.

No final da reunião, a OMS e a CEAST manifestaram a ideia comum de que mais do que nunca a saúde é um elemento fundamental para o desenvolvimento e o bem estar das comunidades e uma condição indispensável para o crescimento económico.

Para os bispos de Angola, a reunião com a OMS serviu para conhecer de perto aquilo que a Organização tem estado a desenvolver em Angola e no mundo para melhorar a qualidade de vida e o controlo sobre os factores determinantes da saúde.

O Representante da OMS alertou a este propósito que o desenvolvimento tecnológico e o crescimento sócio económico dos grandes centros urbanos agravados pela ausência da prática regular de exercícios físicos, o abuso de álcool e do tabaco, hábitos alimentares nocivos à saúde, têm contribuído para o aumento das doenças não-transmissíveis.

«Um dos principais objectivos do sector da saúde é garantir a prestação de serviços básicos de qualidade a toda a população, especialmente a mulheres e crianças», sublinhou o Representante da OMS ao propor à Igreja católica a assinatura de um Memorandum de Entendimento que cubra áreas de cooperação entre as duas instiuições em áreas prioritárias para a saúde em Angola.

Tais áreas poderão abarcar domínios como a redução da mortalidade materna, neo-natal e infantil; o programa de interrupção da transmissão da poliomielite e  o reforço da vacinação de rotina e de vigilância epidemiológica, a prevenção e o controlo do VIH/SIDA, Tuberculose e a luta contra outras doenças transmissíveis e doenças negligenciadas entre outras.

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